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Com apenas 4 meses de existência, o Museu das Favelas surgiu como ambiente de pesquisa, preservação, produção e comunicação das memórias das favelas brasileiras. Representando as mais de 13 mil existentes hoje, com 17 milhões de moradores, o ambiente atua pela reparação social das periferias, evidenciando novas narrativas ao dar protagonismo às pessoas que lá vivem e resistem.
Localizado no Palácio dos Campos Elíseos, antiga residência do cafeicultor Elias Chaves no século XVIII e, posteriormente, sede do governo estadual, abriga em sua área externa exposições de curta duração, além de fazer do jardim um espaço de convivência e atividades para todos os públicos. No saguão de entrada, pode-se deparar com a primeira e maior obra, que dá um contraste com a paleta de cores do palácio e contrapõe a arquitetura luxuosa.
Trata-se de um grande seio, constituído por retalhos de tecidos crochetados e produzido com a ajuda de dois coletivos formados por mulheres brasileiras e latino-americanas, que representam o maior número nas favelas. O conceito da obra é alimentar o chão que batiza o museu, já que as mães favelizadas dão mais do que recebem e, assim, representam a força, vitalidade, afeto e resistência dessa cultura.
Aproveitando o gancho da pauta cultural, na sequência é apresentada a exposição “Identidade Preta: 20 anos de Festival Feira Preta”, que é uma homenagem ao evento de movimento soul das favelas que abriu espaço a novos artistas, como Emicida, por exemplo. Nessa sala instagramável, um painel cobre toda a parede com cartazes da feira, contando sua história e fazendo reverência aos que por ela passaram. Do outro lado, mais um painel de televisores traz referências aos bailes mais marcantes que colaboraram para o movimento nas favelas.
O próximo espaço é denominado “Visão Periférica”, pois provoca uma experiência imersiva em um dos principais salões do palácio. Revestido por painéis topográficos, os projetores nas paredes, tetos e janelas transformam a sala em uma favela, através do efeito 360º. A ideia é trazer uma nova realidade, com envolvimento de artistas vindos de todas as regiões do país, além de imagens captadas pelos próprios moradores, cada um representando suas comunidades e mostrando a diversidade que tanto nelas quanto entre elas existe.
Seguindo a tour, a sequência é a sala dos espelhos. Com um pequeno painel em frente a porta, um diálogo sobre estereótipos e padrões favelizados propõe uma reflexão sobre onde e como encontrar beleza em algo que foi ensinado a não ser belo. Ao fim da leitura, o visitante se encontra cercado de reflexos, onde é provocado a espelhar a si e ao novo olhar em relação à vida nas periferias, afinal, a influência da arte urbana vem do caos.
Dando continuidade, a Feira Preta é retomada, mas dessa vez com um grande expositor de roupas e acessórios em uma mala aberta gigante, fazendo homenagem às mulheres que colaboraram para o acontecimento dos eventos. Dividindo o espaço, um trono fazendo alusão ao empreendedorismo – que nas favelas funciona de forma coletiva -, permite que o visitante ali se sente e possa compartilhar do sentimento de valorização daquelas que sustentam toda uma comunidade.
Por fim, a última parada é na biblioteca. Especializada em favela, cultura negra, feminismo, sexualidade e música, esse espaço foi construído com objetivo de conhecimento. Com um ambiente aconchegante, iluminado por grandes janelas e decoradas com placas grafitadas, nessa sala acontecem cursos, palestras e rodas de conversa, onde pode-se debater, além dos livros, sobre o vídeo “Manifesto das Favelas”, que explica a mensagem do museu: o futuro passa por ali.
A organização do museu tem projetos para expandir as exposições para o segundo e terceiro andar do palácio, além de abrigar uma loja, café, restaurante e estúdio.
Serviço
O horário de funcionamento é de terça a domingo, das 9h às 17h, com permanência até as 18h. A entrada é gratuita e o público-alvo é democrático.
Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria no local ou no site https://www.museudasfavelas.org.br/. Não há estacionamento no local e a programação das oficinas também está disponível no link.
O acesso ao museu é pela Rua Guaianases, 1024 – Campos Elíseos.
Fotos: Daniel Deak / SPTuris